MANEJO NA AVICULTURA: POSTURA, ILUMINAÇÃO E INCUBAÇÃO DOS OVOS -/- MANAGEMENT IN POULTRY: POSTURE, ILUMINATION AND INCUBATION OF THE EGGS -/- 1. INTRODUÇÃO A produção de ovos no Brasil está próxima de 45 bilhões de unidades por ano, mantendo um desenvolvimento constante em todos os seus aspectos: genética, instalações, patologia, alimentação, etc. Ao longo do presente trabalho, pretende-se estabelecer os conceitos que estão ligados à produção de ovos, distribuição de ovoprodutos e refletir as ideias básicas sobre os programas de iluminação (...) nas galinhas. Num segundo bloco serão analisados aspectos relacionados com a incubação dos ovos, como a higiene e o manejo, o tratamento do ovo e, por último, a caracterização dos fatores envolvidos no processo da incubação. 2. PREPARAÇÃO/POSTURA DOS OVOS A galinha começa a ovulação normalmente a partir das 20-22 semanas de vida, se bem que mediante práticas de manejo (alimentação, programas de luz, etc.) pode-se adiantar ou atrasar o momento do início das primeiras ovulações. A genética tem, logicamente, um papel importante na idade em que se alcança a puberdade das aves. Mencionamos ritmos de postura por ser a oviposição facilmente verificável, já que nem toda ovulação é seguida de oviposição, como nos casos de queda da gema na cavidade intraperitoneal. Aos primeiros sinais de postura de ovos em frangas jovens, frequentemente observam-se certas irregularidades como: a) Postura irregular: longos intervalos entre dois ovos ou mais de um ovo por dia (geralmente são anormais). b) Ovos com casca mole («soft shelled eggs»), sem a adequada classificação de cálcio. c) Ovos com duas gemas. Talvez estes fenômenos sejam provenientes de uma excessiva estimulação do ovário e disfunções do oviduto. Em suma, tudo isto pode ser consequência da falta de sincronização dos complexos mecanismos que regulam o processo. Uma vez regularizada a postura dos ovos, verifica-se que a galinha coloca um número de ovos sucessivos, seguido de uma pausa ou descanso na postura (choco) de um ou vários dias. O número de ovos que põe seguidos é chamado de sequência ou série de postura. Normalmente, essa “pausa” acontece após uma sequência de quatro a seis ovos postos. A sequência de postura de uma galinha pode ser regular, ou seja, que se repete sucessivamente o número de ovos postos de forma contínua, ou irregular quando essa sequência não obedece ao padrão normal, sendo ela derivada. O mesmo aconteceria com os dias de descanso. Como exemplo podemos encontrar: XXXX - XXXX - série e repouso regular XXX — XX — série e descanso irregular O espaço de tempo entre dois ovos de cada série é um caráter individual. Verificações de Menher (1969) indicam que o intervalo médio entre dois ovos sucessivos de uma série depende da duração desta. Em grandes séries diminui o tempo entre dois ovos sucessivos. À medida que a idade da galinha aumenta, as séries diminuem. Também observa-se que o tempo transcorrido entre dois ovos sucessivos é menor na metade da série e máximo no final da série. Uma galinha com uma série regular do tipo: XXXX - XXXX durante um período de tempo concreto permite-nos estabelecer que tem uma intensidade de postura de 80%. A intensidade de postura é definida como a porcentagem de ovos de um efetivo de galinhas num determinado período de tempo. A evolução da porcentagem de postura ao longo da vida produtiva do rebanho nos dá a curva de postura com três fases: crescimento, constância retilínea e decrescente. Define-se como período de postura o intervalo de tempo entre o início da postura da galinha (20-22 semanas) e o fim da mesma. A duração deste período pode ser variável (entre 12 e 20 meses), dependendo de vários fatores. Se observarmos a hora de oviposição dos diferentes ovos de uma série de galinhas, verificaríamos que a mesma se atrasa dia após dia. Este é um fato lógico, tendo em conta que a formação do ovo é superior a 24 horas. Também se comprova que em nenhum caso há oviposições nos períodos de escuridão quando se mantêm programas clássicos de iluminação (porém, é frequente comprovar que uma porcentagem de ovos podem ser postos durante o período de escuridão). O controle dos mecanismos que regulam os ritmos de ovulação e que definirão as séries é muito complexo, então tento fazer um pequeno resumo. Uma vez produzida a ovulação, a presença de um ovo em formação colocaria em funcionamento um sistema «Feedback» negativo da seguinte forma: gema → gera estímulos nervosos → hipotálamo → suprime RH → sem estimulação da hipófise → bloqueio de uma nova ovulação Esta ideia não é tão simples e se desconhecem em profundidade os mecanismos que a regulam. Observe uma figura que detalha melhor a formação do ovo e a passagem pelos respectivos compartimentos reprodutivos da galinha. 3. DISTRIBUIÇÃO DAS OVIPOSIÇÕES Com programas de iluminação clássicos (17L:7N) já assinalámos que a oviposição na galinha realiza-se no período de luz, e que diariamente o momento de tal oviposição irá sendo regredido (atrasado). No entanto, existe algumas horas onde a frequência máxima de postura é concentrada, que normalmente coincide com as 2-4 horas após a iluminação. Se, experimentalmente, fornecermos 24 horas de luz às galinhas, a postura ocorre durante todo o período, seja de forma aleatória ou através os estímulos a determinados pontos de referência de fatores externos periódicos: ruídos, entradas, fala de pessoas, etc., então podemos estabelecer que existe um certo sincronismo. Quando os programas de iluminação que se seguem nas granjas de galinhas poedeiras não se ajustam às 24 horas ou que seguem programas fraccionados, a resposta é diversificada e deixamos sua avaliação até não conhecer os distintos programas especiais de iluminação. 4. BASES DA ILUMINAÇÃO PARA GALINHAS POEDEIRAS O estabelecimento de programas de iluminação começa na fase de recria da franga e dada a influência que a luz exerce sobre o desenvolvimento da maturidade sexual, os programas que se instauram terão um impacto sobre o futuro produtivo das frangas. As considerações que devem ser levadas em conta no estabelecimento dos programas de iluminação são as seguintes: a) Os programas devem ser considerados como uma "globalidade" durante toda a vida da galinha. A instauração de programas de iluminação das galinhas poedeiras deve estar em conformidade com o programa seguido durante a fase de recria. b) Os aumentos no fotoperíodo durante a fase de recria implica um adiantamento no aparecimento da maturidade sexual da galinha. Este efeito deve ser considerado prejudicial, uma vez que esta postura precoce é acompanhada de tamanhos inferiores de ovos (cuja avaliação no mercado é reduzida). Este avanço no início da postura pode levar a uma falta de harmonia entre puberdade e o desenvolvimento corporal (aponta-se para uma maior incidência de prolapsos). Também indica-se que uma maturidade sexual precoce pode ser acompanhada de irregularidades na postura, pior qualidade da casca e até a um maior índice de mortalidade. c) A redução do fotoperíodo durante a recria permite atrasar o momento do início da postura e a produção de ovos é de uma maior dimensão inicial, o que compensa a ligeira diminuição do número de ovos na sua vida produtiva. d) Estabelecido um programa e posto em prática não pode alterar-se o mesmo. e) Nunca diminuir o fotoperíodo na fase de produção de ovos. f) As alterações do fotoperíodo (aumentos ou diminuições) não passam de um conceito de sensibilidade ao fato do que da magnitude dessas alterações. g) As alterações no fotoperíodo afetam inicialmente o consumo de ração das frangas, mas estas adaptam-se rapidamente aos seus níveis de ingestão e suprimento de exigências ao novo fotoperíodo. h) Ações qualitativas (limitação de um nutriente) ou quantitativas na ração fornecida podem permitir, em si mesmas, o atraso da maturidade sexual das frangas, embora não se apliquem normalmente para este fim. O controle quantitativo do gênero alimentício obedece a estratégias destinadas a obter o peso ideal para uma determinada idade de acordo com as normas fornecidas pelo fornecedor das diferentes estirpes comerciais. i) Na decisão final, ao se definir um programa deve-se ter presente: Tipo de alojamento: — Galpão com ambiente controlado. — Galpão convencionais com janelas. Neste último caso a época de nascimento das frangas será um fator relevante a ser levado em consideração. Como aspectos a destacar poderíamos citar: — Durante os primeiros dias de vida da galinha convém fornecer-lhe luz durante as 24 horas, a fim de facilitar a adaptação ao seu novo habitat (localização de comedouros e bebedouros, etc.). — Durante a fase de recria devem ser evitadas falhas que estabeleçam períodos fotocrescentes, já que alterarão a resposta produtiva posterior de tais frangas (especialmente se altera-se na última fase do período decrescente). 4.1 Programas práticos de iluminação na recria Ao longo do trabalho consideraremos sempre uma recria de 20 semanas, embora este dado possa ser variável de acordo com: a) Melhoria genética das estirpes atuais, as quais tendem a ser mais precoces. b) Tentativa de uma maior produção de ovos. No caso de reprodutoras semipesadas, a duração do período de recria pode ser de 21-22 semanas. 4.1.1 Galpões convencionais com janelas Neste tipo de galpão a iluminação externa incide no interior do navio e devem ser estabelecidos programas para combater o aumento de luz natural que se apresenta de janeiro a junho. 1. Programa de fotoperíodo decrescente Para realizar este tipo de programa pode-se seguir esta rotina: a) Verificar na tabela as horas de luz natural (x) que vão dispor-se quando as frangas cumprirem as 20 semanas de vida. b) Aumentar em 6 horas o valor observado na tabela (x + 6 horas) e fornecê-las aos 4 ou 5 dias de vida. c) Diminuir semanalmente a iluminação artificial, de tal forma que quando chegarem às 20 semanas de vida, a luz fornecida coincida com a luz solar. Exemplo prático: frangas nascidas em 8 de janeiro: a) Observa-se em tabela que cumprirão as 20 semanas em 28 de maio, tendo um comprimento do dia de 14 horas e 45 minutos. b) aumentamos em 6 horas e fornecemos 20 horas e 45 minutos a partir do quarto dia. c) Diminuímos semanalmente 360 minutos/20 semanas = 18 minutos e quando cumprirem as 20 semanas de vida, o fotoperíodo de que dispõem (14 horas e 45 minutos) coincide com o comprimento do dia. 2. Programa de fotoperíodo constante a) Para levar a cabo este tipo de programa deve-se verificar na tabela o comprimento do dia mais longo durante as 20 semanas que dura a recria. b) Proporcionar essas horas de luz a partir dos primeiros 3-4 dias durante as 20 semanas. O uso de programas de luz constante em galpões convencionais com janelas não é muito frequente, apesar da certa poupança energética que acarreta. 4.1.2 Galpões com ambiente controlado Neste tipo de galpão considera-se que a luz solar não exerce nenhuma ação no interior do mesmo. No entanto, é necessário atentar-se para que o conceito de galpão totalmente escuro seja levado até às suas últimas consequências, evitando que por sistemas de ventilação, etc., possam existir fugas de luz que alterariam os programas de iluminação propostos. Nos galpões com ambiente controlado seguem-se dois tipos de programas: 1. Programa decrescente-constante Durante as primeiras semanas vai-se diminuindo o fotoperíodo paulatinamente (1 ou 2 horas) até chegar a 8 ou 10 horas, que ficariam constantes até as 20 semanas de idade. Uma variável deste programa consiste em ir diminuindo lentamente as horas de luz e por volta da 12ª semana fazer uma diminuição brusca, deixando um fotoperíodo de 7-8 horas, que se perduraria até às 20 semanas de vida. 2. Programa constante Consiste em proporcionar de 7 a 10 horas de luz constante durante toda a fase de recria (com exceção dos primeiros dias, os quais se consideram de adaptação). Na hora de estabelecer a intensidade luminosa nesta fase de recria nos encontramos com intervalos muito amplos. Diferentes fornecedores de frangas recomendam de 20 a 40 lux durante os primeiros dias e ir diminuindo de tal forma que ao primeiro mês de vida estejam a 10-20 lux. A partir da 5 semana e até 3-4 meses vem sendo recomendada 5-10 lux para que possa, assim, aumentar a intensidade a partir dessa data para níveis de 10-30 lux. 4.2 Programas clássicos de iluminação na fase de postura Uma vez que as frangas tenham atingido as 20 semanas de idade, é preciso estabelecer os programas de iluminação para o período de postura. É necessário considerar, como se fazia no período de recria, o tipo de galpão em que vão residir durante todo o período de postura, bem como o programa seguido na fase de recria. Recordando novamente que ao longo do período de postura nunca se deve diminuir a duração do fotoperíodo, passamos a definir os programas de iluminação mais usuais em função do tipo de galpão: 4.2.1 Galpões convencionais com janelas 1. Programa crescente Consiste em ir incrementando o fotoperíodo a partir da 20ª semana. Podem existir várias opções: a) Aumento do fotoperíodo semanal de forma constante até atingir as 16-17 horas de iluminação. b) Aumento brusco do fotoperíodo às 21 e 23 semanas até atingir as 15,5 horas de iluminação, que ficariam fixas em toda a fase de postura. Esta é uma recomendação clássica de algumas casas comerciais. Em galpões convencionais com janelas, os programas de iluminação constante não costumam ser utilizados. 4.2.2 Galpões de ambiente controlado Neste tipo de galpão deve ser instaurado um programa de fotoperíodo crescente. Às 20 semanas e em função do fotoperíodo que seguiram na fase de recria o incremento pode ser brusco (caso de frangas recriadas com 8-10 horas de iluminação, pode-se passar a 12-13 horas) e seguir posteriormente com incrementos de 20-30 minutos até atingir as 16-17 horas de iluminação. A intensidade da luz durante a fase de produção de ovos é unânime em considerar os valores de 10-15 lux como os mais adequados, desde que exista homogeneidade na sua distribuição. Atualmente, as recomendações das diferentes casas comerciais de estirpes de poedeiras são mais elevadas: na ordem de 20 a 30 lux. Níveis muito superiores não têm efeito sobre a produção de ovos e podem desencadear problemas de arranque de penas quando a intensidade é excessiva. 4.3 Outros programas de iluminação Em instalações de ambiente controlado os custos energéticos representam um capítulo importante dentro dos custos de uma exploração avícola. A fim de economizar energia, uma série de programas de iluminação vem sendo ensaiada, especialmente para a fase de postura, que poderíamos englobar em dois grupos: a) intermitentes ou fracionados. b) Não ajustados a 24 horas. 5. HIGIENE E MANEJO DA INCUBAÇÃO A higiene de todo o processo de incubação deve servir para estabelecer uma primeira medida de ruptura da cadeia de infecção. Há uma série de doenças como Marek, pulorose, encefalomielite aviária, micoplasmose, etc., que estão associadas ao processo de incubação. A higiene de todo o processo deve corresponder inicialmente ao controle na exploração, de tal forma que os reprodutores devem estar, do ponto de vista sanitário, em perfeitas condições e estendê-las ao manejo mecânico do ovo, regulação de entradas e saídas e igualmente a todas as instalações. Antes de continuar com o manejo do ovo para a incubadora, convém recordar alguns aspectos do desenvolvimento embrionário que ocorre dentro da própria galinha: o ovo é fertilizado na parte distal do infundíbulo cerca de 15 minutos após a ovulação, e quando se encontra no istmo (às 5 horas) já se produzem as primeiras divisões celulares. Às 9 horas da ovulação, o blastodermo cresce até um estágio de 256 células e antes da oviposição a formação do tubo digestivo (gastrulação) já está completada no embrião (PARKHURST e MOUNTNEY, 2012). As divisões celulares continuam após a oviposição, desde que as temperaturas estejam acima de 26,8ºC (zero fisiológico). 6. MANEJO DO OVO PARA A INCUBAÇÃO A colheita dos ovos nas explorações de reprodução deve ser efetuada com uma certa periodicidade (três a cinco vezes por dia), a fim de evitar problemas de roturas e de ovos sujos. Não devemos esquecer que a colocação em um mesmo ninho de vários ovos originam modificações nas temperaturas dos mesmos (superiores a zero fisiológico), que poderiam estar associadas a um reinício das divisões celulares no embrião. Uma vez recolhidos, os ovos devem ser instalados num armazém que permita manter uma temperatura de 15-18ºC (nunca inferior a 10ºC) e uma umidade de 70-75% para evitar uma perda de peso excessiva. A temperatura de armazenagem dos ovos para incubação pode variar em função do tempo em que permanecerão armazenados, pelo que é conveniente programar temperaturas mais baixas para um período de armazenagem mais longo. Alguns autores estabelecem que os ovos que permanecerem 3 dias na incubadora podem ser programados com temperaturas de 15ºC, enquanto que os que se armazenam por mais de 9 dias a temperatura recomendada é de 12ºC. Os ovos com problemas de casca, tais como calcificações defeituosas, quebra ou fissura, ovos com formas anormais e ovos com casca lisa e bem formada, devem ser eliminados na própria instalação. A uniformidade do tamanho dos ovos é um aspecto a destacar e o intervalo de peso mais adequado é de 55-65 g. Os ovos de maior tamanho sempre apresentam níveis mais elevados de problemas de casca e o período de incubação do mesmo é superior (até mais de 12 horas), por isso não é aconselhável introduzi-los na incubadora, assim como os ovos pequenos e os de gema dupla. Os trabalhos de Ron Jones (1978) evidenciam a importância do tamanho dos ovos ao considerar que as perdas de peso por evaporação são mais rápidas nos ovos de menor peso, e inclusive assinala que os ovos de casca branca são mais porosos, sugerindo sua incubação separada em função do tamanho. A desinfecção dos ovos (fumigação) com uma solução de formalina é prática corrente (45 ml de uma solução de formalina a 40% e 30 g de permanganato de potássio por metro cúbico de espaço ou 10 g/m3 de paraformaldeído aquecido num fumigador eléctrico), segundo as recomendações do Guia Cobb (1991). Um excesso de gás formaldeído pode ser neutralizado através da introdução de amoníaco líquido concentrado, 20 ml/m3. Pode também utilizar-se uma solução de cloro (500 ppm) a 43ºC durante 2 minutos, bem como produtos com amônio quaternário. Quando o tempo de armazenamento dos ovos para incubação é inferior a uma semana, a posição dos ovos para incubação dificilmente influencia a incubabilidade posterior. No entanto, quando o tempo de armazenamento excede 2 semanas, a incubabilidade dos ovos melhora se eles são virados diariamente. Romanoff, em 1960, estabeleceu os valores de incubabilidade dos ovos em função do tempo de armazenagem, verificando-se que, à medida que o período de tempo entre a postura dos ovos e a colocação na incubadora aumenta, os resultados de incubação diminuem, como pode ser observado na tabela 1: Tabela 1: Valores de incubalidade dos ovos em função do tempo de armazenamento -/- Período de armazenamento (dias) Incubalidade (%) 14 80 21 70 28 30 32 < 10 Fonte: ROMANOFF, 1960. Para evitar mudanças bruscas de temperatura (da sala de armazenamento da incubadora), que podem causar transpirações nos ovos, recomenda-se um aumento gradual da temperatura (12 a 18 horas antes de serem introduzidos na incubadora). Os ovos fecundados que são submetidos a longos percursos até chegarem ao incubatório devem ser mantidos no armazém durante 1 ou 2 dias antes de serem colocados nas incubadoras, melhorando assim os resultados de incubação. Através dos poros há uma troca de gases durante o armazenamento. O dióxido de carbono difunde-se no exterior e a sua concentração no ovo diminui rapidamente nas primeiras 12 horas após a postura. Se juntarmos as perdas de vapor de água, descobriremos que o armazenamento tem um impacto negativo nos resultados finais do processo de incubação. Experimentalmente, o tempo de armazenagem dos ovos fertilizados pode ser prolongado através da embalagem hermética em atmosfera de nitrogênio ou de anidrido carbônico, incluindo o revestimento de óleos. Alguns incubatórios testam o revestimento dos ovos com materiais plásticos para evitar tais perdas, todavia não é muito indicado, uma vez que lacra a passagem do oxigênio exterior para o embrião interior. No caso de nos depararmos com ovos sujos, e apesar dos condicionantes sanitários que vão associados, pode-se recorrer à sua limpeza e lavá-lo com água e algum desinfetante. Se a limpeza for excessiva, deve considerar-se a alteração que pode ter sofrido a cutícula da casca, pelo que não se recomenda a raspagem manual ou mecânica da mesma. De acordo com o estabelecido pelo Guia Cobb (1991), os efeitos mais importantes do armazenamento dos ovos são: a) O armazenamento prolonga o tempo de incubação e, em média, um dia de armazenamento prolonga o tempo de incubação por 1 hora. b) A armazenagem reduz a incubabilidade dos ovos. Este efeito, descrito acima, é quantificado de forma que a partir do quinto dia de armazenamento, cada dia de armazenamento adicional representa perdas de 0,5 a 1% na incubabilidade. c) O peso dos ovos pode diminuir quando o armazenamento dos ovos é de 14 dias ou mais. 6.1 Carregamento dos ovos na incubadora Embora ainda existam incubatórios que introduzem os ovos diretamente do armazém para a incubadora, recomenda-se um pré-aquecimento suave dos ovos até atingir temperaturas próximas dos 23ºC em 6 horas, independentemente da temperatura de partida. Duas horas antes de serem colocados na incubadora, a temperatura considerada ideal é de 28ºC. 6.2 Tempo de incubação Como já foi explicado acima, o tempo necessário para a incubação dos ovos de galinha deriva de uma função de vários fatores, de modo que os 21 dias e 4 horas (508 horas) que são definidos como tempo de referência podem ser ligeiramente modificados. 7. FATORES ENVOLVIDOS NO PROCESSO DE INCUBAÇÃO Os resultados obtidos por diferentes incubatórios variam consideravelmente de um para outros. As causas destas variações podem estar relacionadas ao manejo dos reprodutores, fertilidade dos ovos e na própria incubação. Cada empresa que dispõe de incubatórios desenvolve seu próprio método de operação no processo de incubação e seus padrões de qualidade exigidos nos pintainhos são geralmente variáveis. Vários fatores que desempenham um papel importante no processo de incubação já foram descritos ao comentar o manejo do ovo para incubação: uniformidade de pesos, qualidade de casca, armazenamento, etc., por isso é necessário assinalar os parâmetros a controlar na incubadora e no nascedouro. Em suma, podem ser estabelecidas as seguintes condições: Parâmetros Incubadora Nascedouro Temperatura (ºC) 37,5 – 37,7 37,1 Umidade relativa (%) 55 – 60 < 75 Ventilação (m3/minuto/1000 ovos) 0,14 0,23 – 0,28 Nível de CO2 0,3 – 0,4 0,5 – 0,6 Nível de O2 21 21 Número de viagens/dia < 4 – 6 — Tabela 2: Condições aceitas para a incubação dos ovos e nascimento dos pintainhos. 7.1 Manejo com os pintainhos de 1 dia – do incubatório para os galpões Numa sala convenientemente climatizada, 22-25 ºC e 70-80% de umidade, procedem-se as seguintes operações: a) Triagem dos pintainhos - Eliminando os que apresentem anomalias ou tenham pouca viabilidade/vitalidade, problemas nos membros, bico, olhos, se apresentam-se fracos, etc. b) Sexagem dos pintainhos - A separação dos sexos tem um interesse relativo no caso dos criadouros e criadores, mas é uma operação obrigatória quando o que interessa é produzir galinhas de postura ou reprodutores. Para o processo de separação por sexo podem ser utilizados dois sistemas: — Exame da cloaca, seguindo o método de Masui e Hashimoto, no qual é preciso evaginar a cloaca, mediante pressão, e através de uma luz direta observar as protuberâncias que correspondem a cada sexo. A aplicação desta técnica requer um elevado grau de especialização e os erros daí resultantes são insignificantes. Como regra a seguir, quando se aplica esta técnica, é que sua realização deve estar o mais próximo possível ao momento do nascimento. — Mediante o exame de caracteres ligados ao sexo, os caracteres usados para a determinação do sexo nas aves são vários: cores da plumagem (prateados frente a dourados: lisos frente a barrados), mas o mais empregado na atualidade faz referência à comparação dos comprimentos das penas primárias frente às de cobertura (quando as penas primárias são mais longas que as de cobertura, é uma fêmea). Esta técnica também é realizada dentro de poucas horas de nascimento. c) Vacinação dos pintainhos - Durante as primeiras horas de vida, as aves são normalmente alimentadas por via oral (spray) ou por injeção (com vacina manual ou automática). Vacina-se, também, contra várias doenças no primeiro dia de vida dos pintainhos, como a Marek, Gumboro e Bouba Aviária. d) Embalagem - Desenvolvidas as anteriores operações e já dentro da zona de expedição, realiza-se a última triagem e classificação (no caso dos reprodutores e das frangas, o processo pode ter conotações comerciais e podem apresentar-se no mercado várias classes em função da qualidade do produto, que, neste caso, é normalmente o peso), para posteriormente, contar e introduzi-las nas embalagens correspondentes, que podem ser retornáveis ou não. Nas embalagens normalmente introduz-se uma centena de aves (2 por 100) sem custo como regra de compensação às baixas iniciais. Em todas estas operações, o controle da temperatura e da humidade deve ser rigoroso, tal como descrito acima. e) Transporte - Os veículos de transporte devem estar equipados com sistemas auxiliares de calor e arrefecimento que permitam garantir condições estabelecidas, independentemente da situação atmosférica externa. A temperatura do ar fornecido no transporte deve ser de 28ºC quando as frangas estão em embalagens de plástico, enquanto que se forem de papelão a temperatura requerida pode ser bastante inferior (20ºC), segundo o Guia Cobb (1991). A distribuição da carga no transporte (para que a distribuição térmica seja homogénea), o controle contínuo das condições ambientais e os cuidados na condução e na descarga da mercadoria são os últimos aspectos importantes a assinalar. 8. RESUMO E PRIMEIRAS CONCLUSÕES No presente trabalho, tentou-se expor de forma sucinta os aspectos relacionados com a postura dos ovos: irregularidades no início da postura, sequência de postura, intensidade de postura, curva de postura, período de postura e distribuição de oviposições. O controle da iluminação, com seus diferentes programas, tanto em recria como em postura, é objeto de especial desenvolvimento. Uma terceira parte trata da questão da incubação artificial, começando pela higiene e manejo da incubação. É feita especial referência ao manejo dos ovos a serem incubados, e se resume os fatores que controlam o processo de incubação. -/- Emanuel Isaque Cordeiro da Silva – Departamento de Zootecnia da UFRPE. Recife, 2020. -/- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -/- ABAD, M. et al. Reproducción e incubación en avicultura. Real Escuela de Avicultura. España, 2003. CAMPOS, Egladson João. Avicultura: razões, fatos e divergências. São Paulo: FEP-MVZ, 2000. COBB. Manual de manejo de frangos Cobb 500: guia de manejo. São Paulo: Cobb-Vantress Brasil, 2001 CONTO, L. A. Avicultura de postura. Avicultura Industrial, v. 1121, n. 95, 2004. ENSMINGER, M. Eugene. Zootecnia general. Buenos Aires: Centro Regional de Ayuda Técnica, 1973. ESTEBAN, José María Lasheras; ROCHA, Luís Oliveira. Manual de avicultura. Lisboa: Litexa, 1951. LANA, Geraldo Roberto Quintão. Avicultura. Recife: Livraria e Editora Rural Ltda, 2000. LOPES, Jackeline Cristina Ost. Caderno Didático de Avicultura (UFRN/UFPI). Cadernos Pronatec Goiás, v. 1, n. 1, p. 74-173, 2018. MENHER, A. La gallina. Zaragoza: Acribia, 1969. MACARI, Marcos. Manejo da incubação. Campinas: Facta, 2003. MALAQUIAS, Jessica Dantas. Manejo de galinhas poedeiras. 2019. Trabalho de Conclusão de Curso. Graduação em Zootecnia, UFRPE. 42f. Brasil. MALAVAZZI, Gilberto. Avicultura: manual prático. São Paulo: NBL Editora, 1983. PARKHURST, Carmen; MOUNTNEY, George J. Poultry meat and egg production. 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In the article I discuss functionalist interpretations of Husserlian phenomenology. The first one was coined in the discussion between Hubert Dreyfus and Ronald McIntyre. They argue that Husserl’s phenomenology shares similarities with computational functionalism, and the key similarity is between the concept of noema and the concept of mental representation. I show the weaknesses of that reading and argue that there is another available functionalist reading of Husserlian phenomenology. I propose to shift perspective and approach the relation between phenomenology and (...) functionalism from a methodological perspective, specifically taking into account the functionalist explanatory strategy called functional analysis. I discuss the notion of function in Husserl’s works and Husserl’s idea of functional phenomenology. The key argument I develop is that in functional phenomenology we can find an explanatory strategy which is analogous to the strategy of functional decomposition used in functional analysis. I conclude that the proposed functionalist reading of phenomenology opens a new approach to the integration of phenomenology with cognitive sciences. (shrink)

Descriptions of bodies within the literature of the enactive approach to cognitive science exhibit an interesting dialectical tension. On the one hand, a body is considered to be a unity which instantiates an identity, forming an intrinsic basis for value. On the other, a living body is in a reciprocally defining relationship with the environment, and is therefore immersed and entangled with, rather than distinct from, its environment. In this paper I examine this tension, and its implications for the enactive (...) approach, particularly the enactive conceptions of life and bodies. Following the lead of others, I argue that enactive cognitive science can benefit from a deeper reading and integration with extant work on the complexity and multiplicity of the living body within feminist philosophy and feminist science studies. (shrink)

This paper concerns an important and exciting book by Marek Dobrzeniecki Ukrytość i Wcielenie. Teistyczna odpowiedź na argument Johna L. Schellenberga za nieistnieniem Boga [Hiddenness and the Incarnation: A Theistic Response to John L. Schellenberg’s Argument for Divine Nonexistence]. After a brief discussion of the content of the book’s chapters, critical remarks are presented. They concern the adopted method and approach to Schellenberg’s philosophy in general and the argument from hiddenness in particular. The conceptual framework serving as a typologization (...) of the propositional dimension of the phenomenon of theistic belief/faith is dubious and requires in-depth research. It is worth considering the possibility of asymmetry of the attitudes of belief/faith and unbelief, which requires consideration in the reasoning whose legitimacy would assume the transfer of features from one to the other and the negation functor. Regarding the voluntarism of belief in God, the paper suggests that extreme, purely intellectual, and purely volitional positions should be considered, as well as moderate and mixed ones. It is argued extensively that Dobrzeniecki’s criticism against the arguments of Rea and Mourad is not conclusive. Just the possibility of voluntariness of disbelief undermines the validity of Schellenberg’s argument and should therefore be ruled out as much as possible. The paper suggests supplementing Dobrzeniecki’s approach with a ‘trans-paradigmatic’ approach consisting of external criticism, which, in the light of Schellenberg’s arguments being probably incompatible with the described phenomenon of religious belief in God, leads to a modification of the theoretical apparatus of Schellenberg’s paradigm. Such a modification deprives the latter’s argument of justification. --- Niniejszy artykuł dotyczy ważnej i interesującej książki Marka Dobrzenieckiego Ukrytość i Wcielenie. Teistyczna odpowiedź na argument Johna L. Schellenberga za nieistnieniem Boga. Po krótkim omówieniu zawartości poszczególnych rozdziałów książki prezentuję swoje uwagi krytyczne. Dotyczą one przyjętej metody i podejścia do filozofii Schellenberga w ogólności, a argumentu z ukrytości w szczególności. Wątpliwa i wymagająca pogłębionego badania jest siatka pojęciowa pełniąca funkcję typologizacji propozycjonalnego wymiaru fenomenu wiary teistycznej. Warta rozważania jest możliwość niesymetryczności postaw wiary i niewiary, co wymaga uwzględnienia w rozumowaniach, których zasadność zakładałaby przenoszenie cech z jednej na drugą oraz funktora negacji. W sprawie woluntaryzmu wiary w Boga sugeruję, że należy rozpatrywać nie tylko stanowiska skrajne, czysto intelektualistyczne i czysto wolicjonalne, ale także u miarkowane i mieszane. Argumentuję szeroko, że krytyka Dobrzenieckiego skierowana przeciwko argumentom Rea i Mourada nie jest konkluzywna. Argumentuję, że samo możliwość woluntarności niewiary podważa zasadność argumentu Schellenberga i dlatego powinna ona być wykluczona w sposób maksymalnie możliwie uzasadniony. Sugeruję uzupełnienie podejścia Dobrzenieckiego o podejście ‘transparadygmatyczne’ polegające na rodzaju krytyki zewnętrznej, która w świetle nieprzystawania argumentacji Schellenberga do opisywanego fenomenu prowadzi do modyfikacji aparatu teoretycznego paradygmatu Schellenberga. Taka modyfikacja odbiera argumentowi tego ostatniego moc uzasadniającą. (shrink)

STRESZCZENIE Opracowanie zmierza do udzielenia odpowiedzi na pytanie, czym – z punktu widzenia struktury procesu wykładni i struktury wchodzących w grę wartości konstytucyjnych – różni się ograniczanie wolności i praw w ramach stosowania „zwykłych środków konstytucyjnych”, od ograniczania wolności i praw dopuszczalnego w stanach nadzwyczajnych. Podjęta zostaje problematyka dotyczącą kwestii materialnych, a poza zakresem rozważanych zagadnień pozostają kwestie dotyczące formalnych warunków dopuszczalności ograniczeń, jak publiczne ogłoszenie zagrożenia czy możliwość wprowadzania ograniczeń w aktach podustawowych. Stawiane tezy są polemiczne wobec poglądów, że (...) zawieszenie wolności lub praw jest skrajnym typem ograniczania i następuje wtedy, gdy wolności czy prawa „już nie ma”, lub że zawieszenie zakłada ograniczenie istoty wolności lub prawa. Okazuje się, że można sensownie mówić o zawieszaniu wolności lub praw także wówczas, gdy są one ograniczane w niewielkim tylko stopniu. Ponadto, możliwe jest zawieszanie, które nie prowadzi do ograniczenia istoty wolności lub prawa. Argumentuje się, że istotą zawieszania wolności lub praw w stanach nadzwyczajnych jest zakwestionowanie podstawowego ich przymiotu, jakim jest – uznawana w prawie międzynarodowym – nienaruszalność „całych” poszczególnych praw człowieka, która jest czymś innym od nienaruszalności ich istoty. Przy okazji prowadzona jest refleksja teoretycznoprawna nad zagadnieniem zawieszania wolności lub praw. Zawieszenie okazuje się czymś istotnie różnym od czasowej utraty mocy obowiązującej przepisów dotyczących wolności czy praw. Ich ciągłe obowiązywanie znajduje wyraz, na przykład, w zasadzie proporcjonalności mającej zastosowanie do zawieszanych wolności lub praw. -/- Extraordinary Measures and Restrictions of Constitutional Freedoms and Rights ABSTRACT The study aims to answer the question on the difference between limitation of freedoms and rights in ordinary situations and their suspension (derogation) when extraordinary measures are introduced. This question is considered from the point of view of the structure of the interpretation process and the structure of the constitutional values. Consideration is given to issues relating to material aspects. However, issues relating to formal conditions for the admissibility of restrictions, such as public announcement of a threat or the possibility of introducing restrictions in sub-statutory acts, are not examined. The theses put forward are critical of the view that suspension of freedoms or rights is an extreme type of limitation and a freedom or a right "is no longer there", and of the view that suspension presupposes violation of the essence of freedom or right. It can be argued that it makes sense to talk about the suspension of freedoms or rights also when they are only slightly restricted. Moreover, it is possible to suspend a freedom or a right without violating their essence. It is argued that suspension of freedoms or rights leads to questioning of their basic characteristic that is their inviolability as recognized in international law. However, this inviolability of freedoms or rights is something different from the inviolability of their essence. In terms of the theory of law, the suspension of freedoms or rights turns out to be something significantly different from the temporary loss of the binding force of the respective provisions. Their continued validity is reflected, for example, in the application of the principle of proportionality to the suspended freedoms or rights. (shrink)

According to The Consensus Gentium Argument from the premise: “Everyone believes that God exists” one can conclude that God does exist. In my paper I analyze two ways of defending the claim that somebody’s belief in God is a prima facie reason to believe. Kelly takes the fact of the commonness of the belief in God as a datum to explain and argues that the best explanation has to indicate the truthfulness of the theistic belief. Trinkaus Zagzebski grounds her defence (...) on rationality of epistemic trust in others. In the paper I argue that the second line of reasoning is more promising and I propose its improved version. (shrink)

The contribution focuses on philosophical issues of justice of positive law in the light of the social teaching of John Paul II. The analyses start with consideration of anthropological foundations of justice as virtue, develop with the reflexion upon justice of actions realizing justice and finally arrive at examination of the criteria of justice of law. -/- It is argued that relations between a human being and goods (ends of actions) form ontological basis of natural law and justice of actions (...) – orders and prohibitions are secondary in respect to these relations. An aim of just law (and natural law) is not preservation or restoration of abstractly understood moral order based on norms – orders and prohibitions) but integral development (good) of a person – a being possessing dignity. John Paul’s II philosophy of law takes advantage primarily of Thomas Aquinas’ approach to law and combines it with constructions which are typical for modern human rights protection. John Paul’s II conception of natural law is anthropocentric and bases on subjective rights thinking. Human dignity and human rights which derive from it provide basic criteria for the justice of law. Human rights as subjective rights disclose natural law which is understood as a set of goods for a human person. These goods are ends of actions and as such they determine actions and their forms. This point of view is compatible with Aquinas’ definition: “law is nothing but a rational plan of operation, and … the rational plan of any kind of work is derived from the end” (Summa contra gentiles, lib. 3, cap. 114, n. 5). -/- Positive (human) law which is not just has no normative power in this sense that it does not in itself provide reasons for concrete actions of a concrete actor. Sometimes there are moral reasons for following unjust law, however if its norm prescribes actions which are wrong in themselves (internally wrong) there is moral obligation to act contrary to such a legal norm. -/- Zasadniczym przedmiotem opracowania jest filozoficzna refleksja Jana Pawła II nad sprawiedliwością prawa stanowionego. Analizy przebiegają od zagadnienia antropologicznych podstaw sprawiedliwości poprzez problematykę działań realizujących sprawiedliwość do zagadnienia sprawiedliwości prawa stanowionego. Opracowanie zamykają uwagi wskazujące na kontekst teologiczny istotny dla problematyki sprawiedliwości, którego analiza wykracza jednak poza podjęte zamierzenie koncentrujące się na problematyce filozoficznoprawnej. Argumentuje się, że u podstaw tej refleksji leży namysł nad relacją człowieka do dobra, która stanowi ontologiczną podstawę prawa naturalnego i sprawiedliwości – nakazy i zakazy są wtórne wobec tej relacji. Celem prawa i sprawiedliwości jest dobro konkretnego, obdarzonego godnością człowieka, a nie np. przywracanie abstrakcyjnie pojętego porządku moralnego. Od strony konstrukcji teoretycznej, filozofia prawa Jana Pawła II jest osadzona przede wszystkim na koncepcji Tomasza z Akwinu łączonej z konstrukcjami typowymi dla współczesnej ochrony praw człowieka. To w godności i wynikających z niej prawach człowieka poszukiwać trzeba zasadniczych treściowych kryteriów sprawiedliwości prawa. Prawa człowieka jako prawa podmiotowe są podstawowym wyrazem prawa naturalnego, stanowiącego ontyczną podstawę sprawiedliwości i które pojmowane jest jako zespół dóbr dla osoby, zatem i celów kształtujących działanie. Perspektywa pojmowania prawa naturalnego jest antropocentryczna. Prawo stanowione, które nie jest sprawiedliwe, nie ma „mocy prawa”, przede wszystkim w takim sensie, że nie stanowi samo w sobie racji działania. Niekiedy, ze względów moralnych, niesprawiedliwe prawo wymaga posłuszeństwa. Jeśli jednak prawo stanowione daje uprawnienia do czynów wewnętrznie złych i nakazuje takie czyny, to nie tylko nie obowiązuje w sumieniu i nie jest racją działania, ale obowiązkiem jest postępowanie wbrew takiemu prawu. (shrink)

This book is the first comprehensive study of Plato’s conception of justice. The universality of human rights and the universality of human dignity, which is recognised as their source, are among the crucial philosophical problems in modern-day legal orders and in contemporary culture in general. If dignity is genuinely universal, then human beings also possessed it in ancient times. Plato not only perceived human dignity, but a recognition of dignity is also visible in his conception of justice, which forms the (...) core of his philosophy. Plato’s Republic is consistently interpreted here as a treatise on justice, relating to an individual and not to the state. The famous myth of the cave is a story about education taking place in the world here and now. The best activity is not contemplation, but acting for the benefit of others. Not ideas, but individuals are the proper objects of love. Plato’s philosophy may provide foundations for modern-day human rights protection rather than for totalitarian orders. (shrink)

The aim of this article is to introduce the work of Leopold Blaustein — philosopher and psychologist, who studied under Kazimierz Twardowski in Lvov and under Husserl in Freiburg im Breisgau. In his short academic career Blaustein developed an original philosophy that drew upon both phenomenology and Twardowski’s analytical approach. One of his main publications concerns Husserl’s early theory of intentional act and object, introduced in Logische Untersuchungen. In the first part of the article I briefly present Blaustein’s biography and (...) some general features of his philosophy. The second part provides an overview of Blaustein’s dissertation concerning Husserl’s early phenomenology. In the third and final part I summarize Blaustein’s research, including the critical remarks of Roman Ingarden. (shrink)

"Dignity as a Quality of Person: Types of Dignity – a Proposed Systematisation" This study aims to identify various meanings of the expression (name) “dignity”, with particular emphasis on the meanings of the expression as it appears in the text of the Constitution of the Republic of Poland. The meaning of the name “dignity” is the concept of dignity; in turn, the concept of dignity encompasses dignity of particular types. Twelve different meanings of the expression “dignity” are indicated – twelve (...) different concepts of dignity, and thus twelve types of dignity. Half of them are meanings (concepts) that recognize dignity as something belonging to a human being as a subject of law, and this essay is devoted to this group of meanings. This group of meanings includes three concepts of dignity which encompass dignity as something constitutive of being a person: (1) inherent dignity of the person, (2) dignity established by qualities specific to a thinking being, and (3) dignity as a historically emergent social status of all human beings. Only the first of these three concepts of dignity is adequate to the interpretation of the preamble and art. 30 of the Polish Constitution. The second group of meanings, treating dignity as something with which the human being is endowed, includes concepts which encompass (4) personal dignity (honour and good reputation), (5) dignity as moral excellence, and (6) dignity as appropriateness of attitude or behaviour. The other half of the meanings take dignity as something that belongs to something. These meanings will be considered in the forthcoming essay Godność jako cecha podmiotów zbiorowych i godność jako cecha ugruntowana instytucjonalnie. Typy godności – propozycja systematyzacji [Dignity as an Attribute of Collective Entities and Dignity as an Institutionally Grounded Attribute: Types of Dignity – a Proposed Systematisation]. The Constitution of the Republic of Poland speaks of (1) the dignity of the Nation, (2) the dignity of office or function, and (3) public dignity. The expression “dignity” when designating something belonging to something can also designate (4) the dignity of social status based on belonging to a social group, (5) the dignity of a profession, and – specifically to the Polish language – (6) dignity meaning a surname. The author argues that it is unacceptable to ascribe different concepts of dignity to the expression “dignity” appearing in a specific legal provision. STRESZCZENIE Opracowanie zmierza do identyfikacji różnych znaczeń wyrażenia (nazwy) „godność”, ze szczególnym uwzględnieniem znaczeń tego wyrażenia występującego w tekście Konstytucji RP. Znaczeniem nazwy „godność” jest pojęcie godności; z kolei pojęcie godności ujmuje samą godność danego typu. Wskazanych zostaje dwanaście różnych znaczeń wyrażenia „godność” – dwanaście różnych pojęć godności, zatem i dwanaście jej typów. Połowa z nich to znaczenia (pojęcia), które ujmują godność jako coś przynależnego człowiekowi jako podmiotowi i tym znaczeniom (i odpowiadającym im typom godności) poświęcone jest niniejsze opracowanie. W tej grupie znaczeń odróżnione zostają trzy pojęcia godności, które ujmują godność jako coś konstytutywnego dla bycia osobą – (1) przyrodzoną i niezbywalną godność osobową, (2) godność opartą na obserwowalnych i zmiennych cechach specyficznych dla istoty rozumnej i (3) godność opartą na historycznie ukształtowanym statusie społecznym przypisanym wszystkim ludziom. Jedynie pierwsze z tych pojęć jest adekwatne do interpretacji preambuły i art. 30 Konstytucji RP. W drugiej grupie znaczeń ujmujących godność jako coś przysługującego człowiekowi są pojęcia ujmujące godność jako cechę osoby – (4) godność osobistą (cześć i dobre imię), (5) godność osobowościową (poziom moralny) oraz (6) godność jako dyspozycja do stosownego sposobu bycia. Druga połowa znaczeń ujmuje godność jako coś przynależnego czemuś lub jako coś o charakterze konwencjonalnym, instytucjonalnym. Te znaczenia będą omawiane w kolejnym opracowaniu Godność jako cecha podmiotów zbiorowych lub cecha ugruntowana instytucjonalnie. Typy godności – Propozycja systematyzacji – Część 2. Konstytucja RP mówi o (1) godności Narodu, (2) godności urzędu lub funkcji, oraz o (3) godności publicznej (godnościach publicznych. Wyrażenie „godność” jako desygnujące coś przynależnego czemuś może także desygnować (4) godność statusu społecznego opartego na przynależności do jakiejś grupy społecznej, (5) godność zawodu oraz – co specyficzne dla języka polskiego – (6) godność jako nazwisko. Autor argumentuje, że niedopuszczalne jest przypisywanie wyrażeniu „dignity” występującym w danym przepisie prawnym, różnych pojęć godności. (shrink)

I present argument for different than traditional continental classification of epistemological issues. Paper has two parts, first concerned with K. Ajdukiewicz and J. Woleński conception of epistemology and its branches and with different methods of epistemological inquiry based on different task posed for epistemology. Second part discuss main important topics of current postgettieral analytic epistemology like virtue epistemology, ethics of belief, problems of epistemic value, epistemic value monism and pluralism, metaepistemology and concludes that in traditional continental classification the issues of (...) a truth and the issues of nature of knowledge should be united in broaden set of topics concerned with valuable cognition and knowledge, which has descriptive, normative, and regulative subparts. (shrink)

This study aims to identify various meanings of the expression (name) “dignity”, with particular emphasis on the meanings of this expression as it appears in the text of the Constitution of the Republic of Poland. The meaning of the name “dignity” is the concept of dignity; in turn, the different concepts of dignity encompass dignity of particular types. Twelve different meanings of the expression “dignity” are indicated – twelve different concepts of dignity, and thus twelve types of dignity. Half of (...) them are meanings (concepts) that recognize dignity as something belonging to a human being as a subject of law. They were considered in the essay Godność jako właściwość osoby. Typy godności – propozycja systematyzacji [Dignity as a Quality of Person – a Proposed Systematisation]. This group of meanings includes three concepts of dignity which recognize dignity as something constitutive of being a person: (1) inherent dignity of the person, (2) dignity established by qualities specific to a thinking being, and (3) dignity as a historically emergent social status of all human beings. The second group of meanings, treating dignity as something with which the human being (the person) is endowed, includes concepts which encompass (4) personal dignity (honour and good reputation), (5) dignity as moral excellence, and (6) dignity as appropriateness of attitude or behaviour. -/- Dignity as an attribute of collective entities and dignity as an institutionally grounded attribute are a subject of this paper. The Constitution of the Republic of Poland speaks of (1) the dignity of the Nation, (2) the dignity of office or function, and (3) public dignity. The expression “the dignity of the Nation” can be understood in four different ways: (i) analogously to the understanding of dignity of the person, (ii) of personal dignity, (iii) of dignity as moral excellence, and (iv) of dignity as appropriateness of attitude or behaviour. The expression “dignity” when designating something institutionally grounded can designate (4) the dignity of social roles, (5) the dignity of a profession, and – specifically to the Polish language – (6) dignity meaning a surname. -/- The author argues that it is unacceptable to ascribe different concepts of dignity to the expression “dignity” appearing in a specific legal provision. (shrink)

In contemporary positive law there are legal institutions, such as conscientious objection in the context of military service or “conscience clauses” in medical law, which for the sake of respect for judgments of conscience aim at restricting legal obligations. Such restrictions are postulated to protect human freedom in general. On the basis of Thomas Aquinas’ philosophy, it shall be argued that human dignity, understood as the existential perfection of a human being based on special unity, provides a foundation for imposing (...) limitations on the scope of legal obligations in general. Human freedom plays a crucial role in understanding dignity as perfection based on the special individuality of a personal being, which in turn is based on the free choice to pursue a unique way of life. Therefore, Aquinas’ argumentation is, at its core, liberal – the perfection rather than the imperfection of a human being underlies the requirement to limit legal obligations. Dignity understood as the special unity of a person also provides the basis for limiting obligations in the case of conscientious objection; however, in that case, such limitations aim at safeguarding internal integrity rather than the individualisation of a given way of life. _This project was financed with funds from the National Science Centre allocated on the basis of the decision number DEC-2013/09/B/HS5/04232._. (shrink)

I've previously suggested that the historical evidence used to challenge scientific realism should lead us to embrace what I call Uniformitarianism, but many recently influential forms of scientific realism seem happy to share this commitment. I trace a number of further points of common ground that collectively constitute an appealing Middle Path between classical forms of realism and instrumentalism, and I suggest that many contemporary realists and instrumentalists have already become fellow travelers on this Middle Path without recognizing how far (...) they have thereby diverged from those who share their labels and slogans. I conclude by describing their central remaining disagreement and the sorts of evidence needed to resolve it. (shrink)

W niniejszym opracowaniu zamierzam zwrócić uwagę na powiązanie roszczenia uniwersalności z potrzebą dostosowywania formułowanych standardów do odmiennych i zmiennych warunków życia, a następnie zidentyfikować rozstrzygnięcia filozoficzne skorelowane z uznaniem takiego powiązania. Akcent zamierzam przy tym położyć na problematykę metaaksjologiczną, dotyczącą nie tyle tego, jakie wartości zostały uznane, ale tego, jak uznane wartości są ugruntowane, co nie jest bez znaczenia dla określenia sposobów ich poznawania i ustalania. Rozstrzygnięcia te, jako zawarte m. in. w artykule 1, okazują się jednocześnie należeć do przyjętych (...) w Deklaracji fundamentalnych rozstrzygnięć filozoficznych w ogóle. (shrink)

Clinical Ethics Consultations are an important tool for physicians in solving difficult cases. They are extremely common in North America and to a lesser extent also present in Europe. However, there is little data on this practice in Poland. We present results of a survey of 521 physicians practising in Poland concerning their opinion on CECs and related practices. We analysed the data looking at such issues as CECs’ perceived availability, use of CECs, and perceived usefulness of such support. Physicians (...) in our study generally encounter hard ethics cases, even—surprisingly—those who do not work in hospitals. Most physicians have no CEC access, and those that do still do not employ CECs. However, physicians perceive this form of support as useful—even more so among actual users of CECs. We compared these findings with similar studies from other European countries and the North America. We point out peculiarities of our results as compared to those in other countries, with some possible explanations. We hope the results may encourage regulatory debate on the need to formally introduce CECs into the Polish healthcare system. (shrink)

En la Constitución de la República de Polonia del 2 de abril de 19971 se reconocía el carácter objetivo de ciertos valores y un cognoscitivismo axiológico. Si tomamos las disposiciones constitucionales en serio tenemos que aceptar que algunas valoraciones morales o que algunas proferencias [utterances] valorativas pueden ser verdaderas o falsas y que nos informan acerca de una realidad objetiva. Por otro lado, en la teoría del derecho polaca y en los cursos universitarios de lógica para abogados se encuentran definiciones (...) de la justificación axiológica de las normas y de normas axiológicas (normas que poseen una justificación axiológica) que presuponen que ningún valor es objetivo y que no pueden ser conocidos — se presupone un no-cognoscitivismo axiológico. De acuerdo con el no-cognoscitivismo, ninguna valoración y ninguna proferencia valorativa puede ser verdadera o falsa, ni puede informar acerca de la realidad. En este trabajo se analiza la concepción no-cognoscitivista de Zygmunt Ziembiński tal y como ha sido formulada en su libro de texto lógica práctica [Logika praktyczna] — el cual ha formado intelecTraduddo del inglés por Jorge Cerdio; título original: «True Norms in the Light of Axiological Justification of Norms». Relectura: Germán Sucar. La Constitución de la República de Polonia [Konstytucja Rzeczypospolitej Polskiej] del 2 de abril de 1997, Dziennik Ustaw, 1997. No. 78, item 483. Versión en inglés en Gierach, 2009: 21. 6S6 Mark Piechowiak tualmente a dos generaciones de abogados polacos y ha establecido el estándar bajo el que se entienden las justificaciones axiológicas y las normas axiológicas2. Su definición de valoración y de normas excluyen la posibilidad misma de un discurso significativo acerca de las valoraciones o acerca de las normas en términos de verdad o falsedad. (shrink)

The paper refers to the argument from hiddenness as presented in John Schellenberg’s book The Hiddenness Argument and the philosophical views expressed there, making this argument understandable. It is argued that conditionals (1) and (2) are not adequately grounded. Schellenberg has not shown that we have the knowledge necessary to accept the premises as true. His justifications referring to relations between people raise doubts. The paper includes an argument that Schellenberg should substantiate its key claim that God has the resources (...) to accommodate the possible consequences of openness to a relationship with finite persons, making them compatible with the flourishing of all concerned and of any relationship that may come to exist between them. At the end of the text, I propose to treat the argument as a rejection of an anthropomorphic God. (shrink)

Wersja przedostatnia, z 2010 roku. Proszę cytować wersję opublikowaną. Pre-final version, from 2010. Please, quote the published version.

Sprawiedliwość jako cecha działającego podmiotu jest w swej istocie doskonałością całości, doskonałością jego istnienia. Taka doskonałość („dzielność”) całości zakłada sprawność każdego zasadniczego elementu naszego wnętrza – intelektu, woli i uczuć, choć nie jest po prostu sumą doskonałości tych elementów, jest czymś jakościowo różnym. Niemniej jednak Platona ujęcie doskonalenia elementów „wnętrza” człowieka prowadzi do refleksji nad powiązaniem sprawiedliwości z pozostałymi uniwersalnymi wartościami konstytucyjnymi – prawdą, dobrem i pięknem. Dzielnością (cnotą) właściwą intelektowi, symbolizowanemu przez władców Platońskiego państwa, jest mądrość, a ta nie (...) może się obyć bez prawdy. Dzielnością woli, symbolizowanej przez żołnierzy i policjantów, jest odwaga pojmowana przez Platona jako postępowanie zgodne z własnymi, rozumnymi przekonaniami, a takie postępowanie jest fundamentem dobra (moralnego). Uczucia – symbolizowane przez wytwórców – ukierunkowywane, „pociągane” są przez piękno. Krótko, wiedza – ma być prawdziwa, działanie – dobre, a to, co wytwarzane – piękne. To przesłanie Platona dotyczące naszych uniwersalnych wartości konstytucyjnych. To też przesłanie dotyczące celów, których realizacji powinna służyć kultura duchowa – nauka zmierza do prawdy, moralność do dobra, sztuka do piękna. Platon każe przy tym pamiętać, że rozwój kultury nie jest celem samym w sobie, ale służyć powinien tworzeniu warunków rozwoju konkretnego człowieka, w tym tworzeniu warunków do bycia sprawiedliwym. (shrink)

Truth seems to be an indispensable element of authority which presents itself as being based on more than just power and efficiency. In the domain of law,there is not only and primarily the problem of establishing the truth about the facts which are to be judged; there is also the problem of norms—does their authority rest solely on the act of establishing them, or is there “something behind”, a truth which contributes to the strength of law, and which provides legitimacy (...) to both legislator and to the legal norms themselves. In theoretical reflection, the very possibility of talking about true norms or true evaluations is under challenge, and this view dominates in the academic education of lawyers and other professionals. At the basis of this project lies the conviction that the problem of true norms, and the more general problem of the place of truth in law, is worth re-examining. In the course of such a re-examination, it is also worth returning to certain points in the tradition of thinking about the foudations of law. In the tradition recalled by the papers presented here—by both Italian and Polish authors—a prominent place is occupied by Polish thinkers such as Leon Petrażycki, Czesław Znamierowski, and Zygmunt Ziembiński. The book consists of three major parts. The titles—Tradition, Theory, Practice mark important points of reference in the reflection on truth in the context of law. The contributions relate to these points in different degrees, and each, though placed in one of these parts, also refer to the others. (shrink)

Perceptual modalities have been traditionally considered the product of dedicated biological systems producing information for higher cognitive processing. Psychological and neuropsychological evidence is offered which undermines this point of view and an alternative account of modality from the enactive approach to understanding cognition is suggested. Under this view, a perceptual modality is a stable form of perception which is structured not just by the biological sensitivities of the agent, but by their goals and the set of skills or expertise which (...) they are deploying at a given time. Such a view suggests that there is no such thing as an experience that is purely visual, auditory, or otherwise modal and that our attempts to understand consciousness and the mind must be conducted within a framework that provides an account of embodied, goal-directed adaptive coping with the world. (shrink)

Philosophizing and the True Knowledge of Human Being -/- The article presents the principles and method of classical philosophy. This kind of philosophy, developed mainly in ancient and medieval times, is still viable and interesting today. What is more important, it can be used as grounds for academic philosophy. Doing so provides a philosopher with resources for autonomy in her philosophical inquiry as well as the usefulness and application of its results for various cultural, social, and political tasks. The last (...) part of the article explains the manner in which the principles of philosophy may be connected with different ways of classical philosopher’s concern the with knowledge of the human being understood as a special, unique being, with her transcendence behind her biological nature and human society. In the conclusion, several tasks for philosophical reflection are given. In all its parts, the article emphasizes the importance of the concept of philosophizing person for the understanding of philosophy. (shrink)

The study aims at making explicit the three spheres or planes, essential from the point of view of semiotics, on which the discourse regarding dignity takes place, and at clarifying the relations between these planes. The analysis uses the conception of Kazimierz Ajdukiewicz. There are three principal areas in which the discourse on dignity is conducted – the plane of linguistic expressions on which the name “dignity” is used; the plane of meanings on which the notion of dignity is placed; (...) and the plane of objects on which there is dignity itself. There is a relationship of meaning between the different concepts of dignity and the expression “dignity”, a relationship of signification between expression “dignity” and dignity as its referent, and a relationship of apprehension between the concepts of dignity and their referents. (shrink)

This chapter outlines an embodied conception of noise. From an enactive and ecological perspective noise is an inevitable complement to the richness of bodily sensitivities and complex actions. The world around us, the universe, is replete, full of inexhaustible texture available to be explored at every scale at which we are capable, or can become capable, of making distinctions. Drawing on work in ecological psychology I suggest that noise is our experience of that encompassing fullness, and can be encountered in (...) a number of different ways depending on the organisation of our bodies and activities at different scales across a given period. While that fullness can be overwhelming, and create challenges for us to distinguish and coordinate effectively with the particular aspects of the world most relevant to our present concerns - noise can be intrusive and disruptive - I argue that there are significant positive aspects to the phenomenon. Noise is an inherent part of the rich messiness of the world as discussed in recent enactive work, which provides both robustness to developmental processes as well as opportunities for action that support adaptive agency. In a noisy, messy world there are always more options available to explore. (shrink)

"Philosophical Foundations of Understanding of the Common Good". The central question is whether recognizing the common good as the central value in the new Polish Constitution of 1997, means accepting the primacy of the state over an individual. The answer is negative. The preparatory work to the constitution is analyzed and the philosophical perspective is outlined which corresponds to the intentions of the authors of the constitution. The analyses concentrate on the philosophical tradition reaching from Plato to Aristotle and Thomas (...) Aquinas. /////////////////// W nowej Konstytucji Rzeczypospolitej Polskiej przyjętej w 1997 roku, dobro wspólne jest jedną z fundamentalnych wartości. Centralne pytanie brzmi, czy uznanie dobra wspólnego za wartość fundamentalną, nie jest uznaniem prymatu państwa wobec jednostki, czy nie wprowadza do porządku konstytucyjnego idei totalitarystycznych. Odpowiedź na to pytanie jest negatywna. Argumentując, autor dokonuje analizy prac przygotowawczych do Konstytucji, oraz zmierza do zarysowania filozoficznej perspektywy rozumienia dobra wspólnego, perspektywy odpowiadającej intencjom twórców Konstytucji. W analizach położony jest akcent na filozoficzną tradycję refleksji nad dobrem wspólnym sięgającą od Platona poprzez Arystotelesa do Tomasza z Akwinu. -/- . (shrink)

The paper presents some historical (Plato, Aristotle, Plotin, Augustine, Boethius, Aquinas) and main contemporary topics about different accounts of goodness of God understood as ontological goodness, perfection and as ethical goodness - impeccability and benevolence. The arguments for goodness of God are presented, mainly from stance of Thomas Aquinas classical theism as well as arguments against compatibility of essential goodness and omnipotence (N. Pike) and being an moral agent. The article draws perspective of different philosophical issues connected with goodness of (...) God, like a problem of evil, the Euthyphro dilemma, divine command ethics and divine motivation theory. (shrink)

In the last two decades, major cities in Malaysia have witnessed a spate of urban redevelopment including commercial and retail complexes, and residential estates. The current urban transformations taking place in Malaysian cities are mainly market-driven and characterized by fast-track development with a strong priority on the road infrastructure. This is a typical example of an intensive property-led development that is becoming a central driver of the national economy. This article provides a deeper understanding of the complexity of urban development (...) in Malaysia. Here, the major aim is to understand the Malaysian cities' transitions in the trajectory of their colonial past, national identity, multi-cultural community, culture, and religion. Focusing on South East Asian urbanism, this article determines how internal and external forces and global trends such as neoliberalism and property-led development affect the transformation of urban landscapes and expansions in Malaysia. The outcomes of this paper will indicate how much property-led development and globalisation have affected the traditional and tropical climate-responsive urban environment in Malaysia. It will also identify sustainable design and planning measures that should be implemented in the cities of Malaysia to combat the ill-effects of globalisation. (shrink)

Studie se věnuje čtyřem astronomickým pomůckám, které vytvořil a užíval Gerbert z Aurillacu, remešský a ravennský arcibiskup, opat v Bobbiu a v letech 999–1003 papež. Gerbert vyučoval quadrivium především v Remeši a od jeho žáka Richera z Remeše a z Gerbertových dopisů víme o čtyřech jeho přístrojích, které poskytovaly srozumitelný a názorný úvod do geocentrického výkladu veškerenstva: 1. glóbus světové sféry s nastavitelným horizontem; 2. pozorovací hemisféra s pěti rovnoběžnými kruhy světové sféry ; 3. armilární sféra s vnitřním umístěním ekliptiky (...) a oběžných drah planet; 4. armilární sféra s vnějším umístěním hvězd a souhvězdí. (shrink)

The article analyzes and criticizes the assumptions of Peter Van Inwagen’s argument for the alleged contradiction of the foreknowledge of God and human freedom. The argument is based on the sine qua non condition of human freedom defined as access to possible worlds containing such a continuation of the present in which the agent implements a different action than will be realized de facto in the future. The condition also contains that in every possible continuation of the present state of (...) affairs, the same propositions about the ‘present past’ (the past before the present moment) are true as are true in the present state of affairs. The paper argues that Van Inwagen’s reasoning is inconclusive, it contains the type of mistake of confusing conditional impossibility with unconditional and presents a methodologically wrong method of solving a philosophical problem. It is because in the very construction of the problem determining the available solution. The article points to the possibility that the human freedom of some action is not excluded by the fact that specific past facts logically entail that this event will occur. (shrink)

Tato studie se věnuje komentářům a glosám k první kapitole druhé knihy Boethiova Úvodu do aritmetiky, jejímiž autory v poslední čtvrtině 10. století byli Gerbert z Aurillacu, Abbo z Fleury, Notker z Lutychu a anonymní autor textu De arithmetica Boetii. Studie sleduje dva hlavní cíle: nejprve upozorňuje na to, že Boethiův text o převodu číselných posloupností na stejnost lze interpretovat dvěma rozdílnými způsoby, následně se zaměřuje na využití této problematiky v dalších svobodných uměních a při hraní deskové hry rithmomachie.

In philosophical literature terms: „natural theology” (or „rational theology”) and „philosophical theology” are used as exchangeable. The author argues that natural and philosophical theology are different philosophical disciplines. It is possible to point out a philosophic theology, different from natural theology, the former aims are not only supposed to show that God exists but to unifícate, interpret and explain (understand) religious faith and her tasks are not primary apologetic. The author considers that the aims of the latter discipline are bound (...) with the preference of cognitive values such as certainty, rationality and being able to use one ’s rationality to convince your opponent. In the end of this article author introduces a sketch of method of philosophical theology as different form natural theology, which could overcome one-sided views about role of philosophical argument in study of religious belief and faith and their propositional content and lead not only to a more adequate analysis of the researched reality but also to the development of other disciplines. (shrink)

This article presents Alvin Plantinga’s views on epistemic justification. The first part situates Plantinga’s epistemological views in the context of his epistemology of religion and debates of general epistemology. The second part discusses Plantinga’s argument that the internalism of 20th century epistemology stems from deontologism and that the views on the epistemic justification of analytic philosophers reflect the relationship between classical deontologism and classical internalism. The last part points to the objections with which the Plantinga’s conception met and tries to (...) balance the depth and weakness of its position. (shrink)

Short paper about debate on cognitive meaning of religious use of language in early analytic philosophy of religion. Published in Companion to Philosophy of Religion, edited by Janusz Salamon, Cracow: WAM, 2016.

Práce se zaměřuje na metodologicko-historické aspekty vývoje neurologie. V roce 2001 přišel Marcus Raichle s překvapujícím objevem, který je nyní obecně známý jako teorie Default Mode Network. DMN s sebou kromě nových poznatků o mozkové aktivitě přináší i kompletní přehodnocení dosavadních přesvědčení o mozku. Vědecká komunita předpokládala, že mozek je „reflexivním" nástrojem k vnějšímu prostředí a od tohoto přesvědčení odvíjela neurologický výzkum. DMN však přichází s pojetím neurální aktivity, jež není závislá na aktivní stimulaci mozku, což je v přímém protikladu (...) s předchozí výzkumnou tradicí. Současné výzkumy DMN vedou ke zcela novým poznatkům, které nebyly dosažitelné v rámci předchozího paradigmatu. Radikální proměna pojetí aktivity mozku s sebou přináší i nutnost přehodnocení neurologického výzkumu z hlediska metodologie. Stať se zabývá otázkou, zda lze považovat DMN za vědeckou revoluci a nové paradigma neurovědy v kontextu analýzy historických událostí, jež formovaly předchozí a stávající neurovědecký výzkum. (shrink)

The article aims to determine whether it is possible to build the reliably practiced classical philosophy, understood as a metaphysical research, directed towards the nature of objective reality. The purpose of this kind of philosophizing is knowledge and truth. Moreover, the practice of such philosophizing and its results should meet some of the characteristics of science. The paper establishes a set of conditions that have been imposed on the science of metaphysics by Kazimierz Twardowski. Among the conditions of such philosophizing (...) are anti-dogmatism, criticism, inter-subjectivity of philosophizing and its results, proper epistemic justification of philosophical beliefs, application of the analysis method, rigorous language and reasoning, the use of experience and scientific knowledge. The paper considers these conditions to be correct in most cases and argues that metaphysics can meet them. The existing cases of analytical metaphysics show that metaphysics is possible as a science. Next, the article argues that the late Twardowski failed to substantiate his claim that metaphysical positions which he classified as a world-view philosophy could not be scientifically justified, which could have been possibly done with differentiating ways of understanding what such a scientific justification should be. The article argues that he did not take into account a reductive conception of the metaphysical philosophy, which even though it allows the plurality of metaphysical explanations and does not force anyone to accept one position as the only possible and correct explanation, would have an objective value, if such metaphysics were elaborated indeed. (shrink)

The paper is a contribution to the debate on the epistemological status of thought experiments. I deal with the epistemological uniqueness of experiments in the sense of their irreducibility to other sources of justification. In particular, I criticize an influential argument for the irreducibility of thought experiments to general arguments. First, I introduce the radical empiricist theory of eliminativism, which considers thought experiments to be rhetorically modified arguments, uninteresting from the epistemological point of view. Second, I present objections to the (...) theory, focusing on the critique of eliminativism by Tamar Szabó Gendler based on the reconstruction of famous Galileo's Pisa experiment. I show that her reconstruction is simplistic and that more elaborate reconstruction is needed for an appropriate assessment of the epistemic power of general argument. I propose such a reconstruction and demonstrate that general version of Pisa experiment is epistemically equal to the particular one. Thus, from an epistemological perspective, Galileo's thought experiment is reducible to a straightforward argument without particular premises. (shrink)

Tato studie se snaží o filosofickou analýzu problematických aspektů neurogeneze. V první řadě se zaměřuje na moderní historii neurogeneze, která je obecně považována za historii dogmatického přesvědčení, které předpokládalo, že v mozku dospělého savce nemohou vzniknout nové neurony. Tato konvence přežívala v neurovědě po několik desítek let a její kořeny sahají až do dob Ramóna y Cajala. Důležitá část této filosofické analýzy se zaměřuje na aspekt tzv. zaštiťování dogmatu pomocí ad hoc hypotéz. Analýza se dále věnuje implicitním definicím, které hrají (...) roli axiomů neurovědy, a problematice falsifikace potenciálních falsifikátorů. Na konci této filosofické analýzy jsou prezentovány argumenty, které dospívají k tomu, že historie neurogeneze není historií dogmatického uvažování, jak většina autorů předpokládá, ale že jde o historii vědeckého pragmatismu. (shrink)

Eric Olson and David Shoemaker argue that our numerical identity over time is irrelevant to such practical issues as moral responsibility or self-concern. Being the same individual at different moments in time may, in our case, can be seen as the preservation of the relevant biological processes (e.g., according to Olson), while psychological continuity, independent of these processes, may be crucial for such issues. I will defend the view that, contrary to the above authors, any conception of our diachronic identity (...) has ethical implications, at least with regard to the aforementioned issues. My argument has two basic assumptions. (1) The dispute over identity of persons is a dispute over the conditions of our persistence in time as the same individuals, whether we consider being a person as our essential property or not (e.g., Olson maintains the latter). The question is under what conditions I am the same as a particular earlier or later individual. (2) The pronoun “I,” on the other hand, is an essential component of practical reasoning, so also of ethical one. Thus, the debate on the persistence of persons concerns the identity conditions of the individuals to whom/which we refer when planning our future actions, formulating our intentions. My rational self-concern or my moral responsibility for past actions regards the individual to whom the pronoun refers. An additional result of my argument is to undermine the influential strategy of defending positions on our diachronic identity against the charge of controversial ethical implications. It cannot be argued in the case of every such controversy that a given ethical issue only apparently involves our identity, while in fact what is relevant to it is a different relation binding persons at different moments in time. (shrink)

The paper links higher education reforms and welfare states reforms in postcommunist Central European countries. It links current higher education debates (and reform pressures) and public sector debates (and reform pressures), stressing the importance of communist-era legacies in both areas. It refers to existing typologies of both higher education governance and welfare state regimes and concludes that the lack of the inclusion of Central Europe in any of them is a serious theoretical drawback in comparative social research. The region should (...) still, after more than two decades of transition and heavy international policy advising, be viewed as a “laboratory of social experimentation”. It is still too risky to suggest generalizations about how Central European higher education and welfare systems fit existing typologies. Consequently, the “transition” period is by no means over: it is over in terms of politics and economics but not in terms of social arrangements. Both higher education and welfare states should be viewed as “work in progress”: permanently under reform pressures, and with unclear future. (shrink)

Thought experiments are frequently vague and obscure hypothetical scenarios that are difficult to assess. The paper proposes a simple model of thought experiments. In the first part, I introduce two contemporary frameworks for thought experiment analysis: an experimentalist approach that relies on similarities between real and thought experiment, and a reasonist approach focusing on the answers provided by thought experimenting. Further, I articulate a minimalist approach in which thought experiment is considered strictly as doxastic mechanism based on imagination. I introduce (...) the basic analytical tool that allows us to differentiate an experimental core from an attached argumentation. The last section is reserved for discussion. I address several possible questions concerning adequacy of minimalistic definition and analysis. (shrink)

In the article I discuss the conceptual problem of other minds and different approaches to mental concepts. Firstly, I introduce the conceptual problem and argue that solutions proposed by theory-theory and direct perception approach are inadequate. I claim that mental concepts are neither theoretical terms nor observational terms. Then, I consider third option which states that mental concepts are dispositional terms, i.e. they concern particular patterns (stereotypes) of behavior. Finally, I argue that dispositional approach is to some extent coherent with (...) phenomenological account and that phenomenological concept of embodiment can improve this position. (shrink)